quinta-feira, 14 de maio de 2009

VISITA EDUCACIONAL


DIA: 06/05/2009

Nesse dia mantivemos contato com a escola que será nosso campo estágio. Escolhemos a Escola Municipal Herman Gmeiner, onde fomos muito bem acolhidas. Aproveitamos e coletamos a caracterização da instituição.

RELAÇÕES TEXTUAIS NA SALA DE AULA


DIA 29/04/2009

Nesse dia teve início as apresentações dos seminários acerca do livro O Texto na Sala de Aula que tem como organizador João Wanderley Geraldi.

O 1º capítulo " Ensinar Português?"de Milton José de Almeida foi explanado por Jefferson Douglas e Dannyelli Karine. Milton José trabalha em termos sócios - políticos mostrando como tem sido disseminado o ensino da Língua Portuguesa ( que todos nós já sabemos); diferencia o português produzido no âmbito escolar entre o da particular e o da pública. A escola é a principal propagadora de preconceitos, pois continua considerando que o meio social interfere na aquisição da linguagem. O autor compara a língua a uma programação de TV, onde mais primária mais espectadores, ou seja, os menos favorecidos ouvem e não falam nada, pois, não tem meios para selecionar e analisar as programações a eles oferecidas.

O 2° capítulo Gramática e literatura de Lígia Leite apresentado por Tâmara e Tessianne mostra a evolução do ensino de literatura, que antes era ensinado desvinculado do ensino de português. Hoje os mesmos estão interligados, os professores ensinam português em literatura e vice-versa. A autora dá sugestões de como trabalhar português: por meio de leitura e produções de textos que induzam a crítica, enfocando a importância de se trabalhar primeiramente a leitura e escrita para depois se trabalhar a literatura em geral. Lígia Leite afirma que a linguagem dá origem à comunicação e enfatiza que a literatura deve ser trabalhada de forma livre e consciente dos preconceitos que a circundam.

DISCUTINDO SABERES


DIA: 22/04/09

Nessa aula houve a discursão das resenhas do livro LINGUAGEM E ESCOLA: uma perspectiva social de Magda Soares e a divisão por capítulos do livro O Texto na Sala de Aula que tem como organizador João Wanderley.


SOARES, Magda. LINGUAGEM E ESCOLA: uma perspectiva social. 10 ed. São Paulo: Ática, 1993

Eliene Azevedo de Lucena[1]

Juciely da Silva Barbosa

Luanna Gonzaga Azevedo

Magda Soares em sua obra LINGUAGEM E ESCOLA: uma perspectiva social tem o objetivo de analisar e criticar as relações entre linguagem e escola para compreender o problema da educação das camadas populares no Brasil, utilizando-se de teorias da Sociologia, da Sociologia da Linguagem e da Sociolinguística. Soares embasa seu trabalho em sociólogos, tais como, Bernstein e Bourdie e em sociolingüísticas como Labov.

No capítulo 2 (O fracasso da/na escola) a autora mostra a luta do povo pela democratização do saber, através da democratização da escola, contudo, essa escola apresenta-se contra o povo e não para o povo. Para explicar esse quadro, surgem as ideologias (do dom, da deficiência cultural e das diferenças culturais) que evidenciam a linguagem estigmatizada e discriminada das camadas populares no contexto social e cultural.

O capítulo 3 (Deficiência Linguística?) apresenta as razões do surgimento da ideologia da deficiência cultural, que desencadeia o déficit lingüístico atribuído à pobreza do contexto lingüístico em que vive a criança, principalmente no meio familiar. A partir dessa lógica, surge no Brasil em meados da década de setenta, o programa de educação compensatória, que incubia a escola de oferecer a criança das camadas populares o que as outras crianças já traziam naturalmente.

No capítulo 4(Diferença não é deficiência) a autora desvenda o mito da deficiência lingüística resultante de um preconceito social das sociedades divididas em classes, fortemente impregnado por especialistas de outras áreas de conhecimento a respeito das ciências da linguagem; isto porque a escola julga o dialeto não-padrão em função do dialeto de prestígio. Discordando destes especialistas, Soares afirma que não há línguas ou variedades lingüísticas “superiores e inferiores”, “melhores e piores”, pois todas elas correspondem às necessidades e características da cultura a que serve.

Soares enfatiza a importante contribuição do sociolingüística norte-americano Willian Labov, que a partir de uma pesquisa com as com as crianças doa guetos ( bairros povoados por minorias discriminadas – nos Estados Unidos) desmistificou a deficiência lingüística atribuindo as dificuldades de aprendizagem das crianças à escola e à sociedade em geral; enfocando que as crianças dos guetos apresentam capacidade para a aprendizagem conceitual e para o pensamento lógico igual ao de qualquer outra criança.

Como solução para este problema, a autora expõe o bidialetalismo funcional, segundo o qual falantes de dialetos não-padrão devem aprender o dialeto-padrão, que será usado em situações que o exigem.

O capítulo 5(Na escola, diferença é deficiência) Soares relaciona a teoria da deficiência lingüística com a teoria das diferenças culturais e lingüísticas, chegando à conclusão de que ambas omitem a função da escola – que é promover a igualdade social e a superação das discriminações e marginalizações – que tem sido manter as desigualdades e os privilégios atribuídos a uns em prejuízo dos outros. Além disso, destaca a participação do sociólogo francês Pierre Bourdieu na análise do papel da linguagem na sociedade, comparando-a a um grande mercado; onde são realizadas trocas lingüísticas determinadas por relações de forças lingüísticas, em que falantes exercem poder sobre os outros na interação verbal. Para Bourdieu, o capital lingüístico presente na escola corresponde à linguagem das classes dominantes, capital esse adquirido no seio familiar, ao contrário das classes dominadas que não possuem esse tipo de capital. Porém, a escola considera que todos possuem um domínio prévio da linguagem legítima e direciona seu trabalho na transformação do domínio prático em domínio consciente e reflexivo; resultando no fracasso escolar dos alunos que não a dominam e o sucesso dos alunos que a dominam. No ponto de vista da autora, a solução estaria em profundas transformações na estrutura social, a partir da elimininação das discriminações e das desigualdades sociais e econômicas.

No capítulo 6(Que pode fazer a escola?) caracteriza-se por relações entre as teorias apresentadas, constatando semelhanças e diferenças, mostrando também a escola como causadora da crise no ensino da língua, por não ter se reformulado frente aos seus novos objetivos e sua nova função. A autora mostra a escola redentora para aqueles que acreditam ser ela capaz de eliminar o conflito lingüístico originado em deficiências de linguagem ou em diferenças lingüísticas; e a escola impotente que nada pode fazer contra as desigualdades presentes na estrutura de discriminação social e econômica, que ocorrem dentro e fora dela. Para Soares, a escola não deve ser nem redentora, nem impotente, e sim, transformadora, pois assim, ela lutará contra as desigualdades sociais e econômicas, proporcionando às camadas populares instrumentos que lhes possibilitem a participação cultural e política; aproximando-se da proposta do bidialetalismo que pode e deve ser utilizada não só no ensino da língua materna, mas também em todas as atividades escolares.

A autora finaliza a obra expondo um vocabulário crítico acerca de palavras técnicas utilizadas no decorrer da obra e uma bibliografia comentada relevando autores utilizados como também sugestões de obras que abordam a temática.

LINGUAGEM E ESCOLA: uma perspectiva social apresenta a situação existente na sociedade brasileira que se reflete no meio escolar através do fracasso das camadas populares. A obra merece ser lida por todos, principalmente pelos profissionais da educação para que compreendam a dinâmica escolar em torno da relação linguagem e escola, com todos os seus agravantes políticos e econômicos que geram discriminações em torno das camadas populares.


[1] Graduandas do Curso de Pedagogia. VII Período, UFRN/ Campus de Caicó.



terça-feira, 28 de abril de 2009

ACOMPANHAMENTO EDUCACIONAL


DIA: 15/04/2009

Nesse dia aconteceu uma palestra no auditório do Centro Administrativo na cidade de Caicó - RN, organizado pela professora Grinaura Medeiros, com participação dos palestrantes: Porf. Otilha e prof. Arnon; onde foi abordado o Estágio Supervisionado de forma aprofundada. Prof. Arnon falou sobre Políticas Públicas de Governo, as novas diretrizes do estágio, explicou o estágio no contexto histórico do Brasil. O novo currículo do curso de Pedagogia possibilita uma formação ampla por meio de quatro estágios: no primeiro conhece-se a escola,n o segundo conhece-se a comunidade, no terceiro o aluno vai para a sala de aula no ensino do fundamental maior e no quarto ele vai para a sala de aula do ensino médio. A instituição que recebe o aluno estagiário torna-se co-formadora desse futuro profissional.

ORIENTAÇÃO EDUCADORA


DIA: 08/04/2009

Nessa aula, a professora Hercília deu todas as orientações necessárias para a elaboração da resenha descritiva do livro Linguagem e escola: uma pespectiva social de Magda Soares.

EDUCANDO PARA CRESCER


DIA: 01/04/2009

Nesse dia, por motivo de uma palestra acerca das novas normas do Estágio Supervisionado realizada pela Prof. Grinaura Medeiros, não houve aula, mas a professora Hercília se fez presente na palestra juntamente com toda a turma e ao chegar orientou-nos a realizar a leitura do livro de Magda Soares( Linguagem e escola: uma pespectiva social) .

SABERES PARTILHADOS


DIA: 25/03/2009

Na aula aconteceu um debate sobre Preconceitos Linguísticos em geral, seguido pela exposição das idéias dos grupos de estudos acerca da 3ª parte do livro Preconceito Linguístico ( A desconstrução do preconceito linguístico), nele o autor expõe argumentos que podem ajudar a sociedade a eliminar esse problema.